A tão aguardada visita do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Rio Grande do Norte, marcada para a próxima semana, é vista por aliados como o pontapé inicial da eleição de 2026. No entanto, o movimento que deveria fortalecer a pré-candidatura do senador Rogério Marinho ao governo do estado pode, na prática, acabar complicando seu projeto eleitoral.
Marinho, que é o principal aliado de Bolsonaro no RN, esperava que a agenda presidencial unificasse a direita local em torno do seu nome. Porém, até agora, o senador Styvenson Valentim — nome forte e com apelo popular — ainda não sinalizou se irá participar dos eventos com o ex-presidente.
Outro silêncio incômodo vem do prefeito de Natal, Paulinho Freire, do União Brasil. Paulinho esteve recentemente ao lado do ex-senador José Agripino Maia, em Salvador, no lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República. O gesto foi lido como um distanciamento da ala bolsonarista mais radical.
Além deles, o apoio do ex-prefeito de Natal Álvaro Dias também é aguardado, mas até agora não há definição clara.
A verdade é que, sem Paulinho, Styvenson, Agripino e Álvaro, Rogério corre o risco de ver sua pré-campanha isolada, mesmo com Bolsonaro ao seu lado. A visita que era para ser um impulso pode se transformar numa exposição pública das fragilidades políticas do seu palanque.
Fonte: Robson Pires
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