Na contramão do que outras lideranças políticas da direita vêm considerando, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), descarta articulações em torno do nome de Allyson Bezerra (UB) ao Governo do RN. Apesar de defender a união de todos os nomes do grupo oposicionista para a disputa ao Executivo Estadual, Dias defende que a composição da chapa seja com ele mesmo como candidato ao Governo do RN, com Styvenson Valentim (PSDB) ao Senado, ao lado de outro nome indicado pelo PL, em parceria com Rogério Marinho (PL), que articula o próprio nome na disputa nacional, apesar de ser também pré-candidato ao Governo do RN.

“A gente está conversando com os partidos, conversando com Rogério Marinho, conversando com o Styvenson, conversando, enfim, com o João Maia, conversando com Shirley Targino, com todo mundo que a gente pode conversar”, afirmou o pré-candidato ao ser questionado sobre as tratativas em curso, em entrevista ao Diário do RN.

Sobre a possibilidade de um consenso em torno de Allyson Bezerra, Dias foi enfático ao ressaltar que o prefeito de Mossoró ainda possui mandato pela frente: “Allyson é o candidato que Agripino quer, mas Allyson, que é o que me consta, ainda é prefeito de Mossoró, tem muito tempo pela frente. De repente, eu acho que pode se chegar ao consenso em torno de um candidato só, porque se o nosso espectro político de pessoas que pensam mais ou menos da mesma forma apresentar três candidaturas — Rogério Marinho, Álvaro Dias e Allyson — é complicado”, afirmou.

Questionado sobre a viabilidade eleitoral do seu nome, principalmente no interior do Estado, Dias garante que tem sido bem recebido nos municípios.

“Muita gente até duvida, porque quando você lança uma pré-candidatura sem respaldo de grandes grupos políticos isso tende a não ter sucesso. Mas a história do Rio Grande do Norte mostra que o caminho não é esse. O caminho é você ter contato direto com o povo, como teve Robinson Faria, que se elegeu, Wilma de Faria, que se elegeu sem apoio de grandes grupos e terminou se elegendo governadora. Isso comprova que as pessoas hoje são mais livres, são mais abertas, são mais democráticas e não são conduzidas pelas grandes lideranças políticas”, compara.

Ainda assim, acredita que o diálogo, que deve perdurar até o final desse ano ou início do próximo, para uma definição, pode formar um grande grupo da direita em oposição ao candidato do sistema governista.

“Eu acho que o caminho que você tem de percorrer é mesclar, discutir diretamente com as pessoas para tentar formar um grande grupo de união e ter uma oposição forte a esse governo que, a meu ver, tem sido o pior da história política do Rio Grande do Norte”, disse sobre o Governo Fátima.

Ao projetar um cenário sem união e de várias candidaturas, Dias defendeu a estratégia do segundo turno: “O ideal é que saia um nome, apoiado por todos, formando um grande grupo de oposição. Mas, se não for possível e surgirem dois ou três candidatos, vamos esperar o segundo turno para fazer a composição e tentar unir esses partidos que pensam de forma semelhante”.

Fonte: Robson Pires

 

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