O PSDB e o Podemos desistiram da fusão partidária que vinham negociando desde o início de 2025. Segundo apuração, o motivo foi a proposta do Podemos de comandar a legenda unificada pelos próximos 4 anos, o que não teve aval dos tucanos.
O impasse se deu depois de os tucanos sugerirem um modelo de gestão compartilhada, com revezamento na presidência da nova legenda –primeiro semestral, depois anual.

Foto: Reprodução Kiko Scartezini/PSDB
“A ideia de uma fusão ou incorporação entre PSDB e Podemos neste momento está suspensa por conta de divergências relacionadas ao comando da nova legenda. Por outro lado, seguimos insistindo na ideia de construir uma plataforma política que agrupe o Centro Democrático e apresente ao país uma alternativa de poder”, disse o presidente nacional do PDSB, Marconi Perillo.
Em 5 de junho, o PSDB havia aprovado, com 201 votos a favor e 2 contra a fusão com o Podemos em convenção partidária.
Fusão partidária é a união definitiva entre 2 ou mais partidos políticos, que passam a formar uma única sigla. As legendas deixam de existir individualmente, com estatuto, diretórios e CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) unificados. Diferentemente da federação, não há a possibilidade de separação futura.
TUCANOS SOB RISCO DE EXTINÇÃO
Uma Emenda Constitucional promulgada em 2017 estabeleceu o mecanismo da cláusula de desempenho. Trata-se de uma barreira com critérios para que partidos tenham acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita em rádio e TV. O objetivo é reduzir o número de siglas, estimulando as menores a se fundirem entre si ou se incorporarem às maiores, para melhorar a governabilidade.
Poder 360

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