Por Carlos Newton

Charge de Thiago Lucas (|Jornal do Commercio)
É uma situação jamais vista. Embora já esteja com a data de validade vencida, como o mais idoso governante de país tido como democrático, que realiza eleições consideradas livres, o presidente Lula continua empenhado em se reeleger no próximo ano e quer aproveitar a disputa com Donald Trump para conseguir votos. Só pensa nisso, tudo o que faz é motivado por essa obsessão, que a própria mulher incentiva.
Nesta segunda-feira, em Santiago do Chile, Lula faz mais uma tentativa de buscar que algum país apoie o Brasil nessa iniciativa, mas nenhum governante lhe estende a mão.
RESPOSTA CONJUNTA – Lula sonha (?) em usar essa pequena reunião no Chile para articular uma resposta conjunta de governos democráticos contra os avanços da extrema direita. O presidente chileno, Gabriel Boric, será o anfitrião na reunião, que ainda contará com o uruguaio Yamandú Orsi, o colombiano Gustavo Petro e o espanhol Pedro Sánchez, além de Lula.
Segundo o excelente repórter Jamil Chade, do UOL, a iniciativa não tocará no nome de Donald Trump. Mas é claro que Lula dará um jeito de fazê-lo. Mas não haverá o resultado pretendido.
Nenhum país pretende apoiar o Brasil nesta trapalhada. Lula tenta convencê-los de que o motivo são as tarifas, mas todos sabem que a perseguição movida pelo Supremo à extrema direita brasileira acabou atingindo as big techs americanas, com ordens nada democráticas, multas e aplicação de censura prévia por ordens do STF. E Trump está apenas revidando.
MÍDIA APOIA LULA – Em busca das verbas publicitárias, a quase falida grande mídia apoia Lula incondicionalmente. Depois de publicar candentes editoriais apontando as falhas grotescas do Supremo, a grande imprensa mudou de lado, agora tudo é defesa da soberania, o nacionalismo não é mais o último refúgio do canalha, deixem em paz o grande pensador inglês Samuel Jonhson.
Lula posa de grande herói nacional, o único a enfrentar Trump, como se o presidente americano não tivesse o dever de lutar em defesa dos interesses dos Estados Unidos. Aliás, esse direito de Trump aumentar ou diminuir tarifas é reconhecido internacionalmente, nenhum país o contesta.
Entre os países da ONU que mantêm relações comerciais com os Estados Unidos e realmente têm alguma importância, apenas o Brasil não conseguiu renegociar as novas tarifas fixadas. China, Vietnã e Rússia se apressaram em negociar.

Poste seu comentário