Líderes do Centrão buscaram apoio e votos do governo e do PT para a votação da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados, marcada para esta terça-feira (16). Como moeda de troca, votariam contra a urgência do projeto de lei da anistia aos que participaram dos ataques à democracia no do 8 de Janeiro de 2023.
O PT, no entanto, frustrou os líderes do Centrão ao anunciar que orientará seus integrantes a votar contra a PEC. O próprio presidente do partido, Edinho Silva, participou de uma reunião com a bancada que discutiu o tema.
Apesar disso, a liderança do governo deve orientar para que os deputados votem como quiserem. Os parlamentares entendem que o tema é do Congresso e não do Planalto.
Segundo relatos de interlocutores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou ao presidente do PT que, embora não quisesse se intrometer na de decisão bancada, a proposta teria uma avaliação popular muito ruim.
Entre outras coisas, o texto exige autorização da Câmara ou do Senado para a abertura de ação penal contra os parlamentares. Além disso, estabelece voto secreto para a prisão de deputados e senadores e inclui presidentes de partidos no foro privilegiado.
Parlamentares de diversos partidos relatam que, até esta segunda-feira, a orientação do PT seria de liberar a bancada para que os deputados votassem como quisessem como contrapartida em um acordo para derrubar o projeto de lei da anistia.
Com a mudança de orientação do PT, outros partidos – como o PSD e o PDT – querem desembarcar da proposta também, sabendo da impopularidade do tema.

Poste seu comentário