A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) voltou a chamar a atenção das autoridades, nesta terça-feira (30), sobre a urgência em combater a falsificação de bebidas no Brasil.
A notícia é da CNN Brasil. Em abril deste ano, a instituição já havia alertado sobre o problema. Uma pesquisa do Núcleo de Pesquisa e Estatística da Fhoresp, divulgada em abril de 2025, apontou que 36% das bebidas comercializadas no Brasil eram fraudadas, falsificadas ou contrabandeadas.
De acordo com o relatório, vinhos e destilados estão entre os produtos mais afetados pela falsificação. Uma em cada cinco garrafas de vodca vendidas no país é adulterada, segundo o levantamento.
Para a Fhoresp, que representa legitimamente 500 mil empresas paulistas, entre hotéis, bares, restaurantes, lanchonetes e padarias, é preciso que as autoridades coloquem em prática uma ação articulada que desmantele o esquema das falsificações.
Segundo o diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, há seis meses já haviam alertado o mercado sobre a prática, por meio de um levantamento que apresentou porcentagens relevantes de fraude.
Mortes em São Paulo
Em um período de 25 dias, São Paulo teve nove casos e duas mortes por intoxicação de metanol após ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Um dos casos fatais ocorreu na capital paulista, e o outro, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana. A causa das mortes foi confirmada nesse sábado (27/9) pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS).
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), emitiu nota com recomendações urgentes aos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado de São Paulo e regiões próximas.
Autoridades suspeitam de que o metanol, solvente utilizado na fabricação de combustível, esteja sendo usado para adulterar bebidas como gin, uísque e vodca.

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