Desafeto de Jair Bolsonaro e de muitos de seus aliados, o ministro Luís Roberto Barroso causou lamento em parte do grupo ao anunciar que vai se aposentar do Supremo Tribunal Federal (STF).

Oposição apoia Pacheco no STF para esvaziar palanque de Lula em Minas em 2026. Lula terá que decidir entre dois critérios na escolha de substituto de Barroso, avaliam ministros do STF

PRERROGATIVA – O motivo principal é que, com sua saída, Barroso deu a Lula a prerrogativa de indicar mais um membro da corte. Será o terceiro ministro do Supremo nomeado pelo petista em seu terceiro mandato como presidente. Outro ponto é que Barroso mantinha diálogo com parte dos interlocutores do ex-presidente.

A avaliação desse segmento é que, se um nome ligado diretamente ao PT — como o advogado-geral da União, Jorge Messias — for o indicado, o trânsito para aliados de Bolsonaro ficará ainda mais difícil do que era com Barroso.

Além disso, avaliam que ele se somará à ala de magistrados que se posicionaram de maneira mais dura em relação ao ex-presidente no julgamento da trama golpista, como Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia.

TORCIDA – Como informou a coluna, a oposição a Lula tem torcido para que o presidente escolha o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga de Barroso. Apesar de Pacheco não ser considerado o “nome ideal”, é visto como uma opção melhor do que Messias.

Isso porque avaliam que o diálogo com o senador seria mais aberto e que sua nomeação retiraria o palanque que Lula pode ter em Minas Gerais na eleição de 2026. A aposentadoria de Barroso estava prevista para 2033, mas ele optou por adiantar sua saída da corte em oito anos, após concluir seu mandato como presidente do STF.

Fonte: Bela Megale / O Globo

 

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