Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram, hoje, para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com isso, a maioria está formada para Bolsonaro continuar detido. As informações são do portal Estadão.

Como relator, Moraes foi o primeiro a se manifestar. Em seu voto, o ministro destacou que o ex-presidente admitiu que violou a tornozeleira eletrônica, o que segundo Moraes significa uma “falta grave, ostensivo descumprimento da medida cautelar e patente desrespeito à Justiça”.
“Não há dúvidas, portanto, sobre a necessidade da conversão da prisão domiciliar em prisão preventiva, em virtude da necessidade da garantia da ordem pública, para assegurar a aplicação da lei penal e do desrespeito às medidas cautelares anteriormente aplicadas”, diz o voto.

Moraes afirmou também que o ex-presidente “é reiterante no descumprimento das diversas medidas cautelares”. O ministro destacou que Bolsonaro usou as redes sociais mesmo quando estava proibido pelo STF, o que levou o tribunal a colocá-lo em prisão domiciliar em agosto.

“A continuidade no desrespeito às medidas cautelares, entretanto, não cessou. Pelo contrário, ampliou-se na última sexta-feira, dia 21/11, quando Jair Messias Bolsonaro violou dolosa e conscientemente o equipamento de monitoramento eletrônico”, completou o ministro.

Ao decretar a prisão, no último sábado, 21, Moraes considerou que Bolsonaro violou o equipamento porque pretendia fugir. O ex-presidente está detido em uma sala de Estado na sede da Polícia Federal em Brasília. O espaço de 12 metros quadrados, com televisão e frigobar, é reservado a autoridades.

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *