Nos bastidores da política potiguar, a avaliação é unânime: o movimento que pode levar o vice-governador Walter Alves a assumir o comando do Estado em 2026 depende diretamente da garantia de sustentação financeira por parte do presidente Lula. Sem essa segurança, o cenário fica inviável.
A equação é simples. Se o governo federal assegurar os recursos necessários para manter o funcionamento do Estado — especialmente diante da pressão prevista na folha de pagamento e do ambiente fiscal apertado — Walter tende a aceitar assumir o governo. Nesse caso, a governadora Fátima Bezerra deixaria o cargo para disputar o Senado e abriria caminho para que Cadu Xavier (PT), secretário da Fazenda, concorresse ao governo com o apoio do próprio Walter.
Mas se a União não der o suporte financeiro esperado, o plano desmorona. Sem condições de assumir um governo pressionado pelas contas e sem garantia de equilíbrio fiscal, fontes do próprio Executivo avaliam que será muito difícil para Walter aceitar o comando do Estado. E, sem a saída dele, Fátima praticamente perde a janela para disputar o Senado.

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