A guerra entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal por causa do novo entendimento sobre impeachment de ministros do STF deixou a sabatina do advogado-geral da União, Jorge Messias, em segundo plano.  Questionados sobre a sabatina de Messias, senadores comentavam no plenário, nesta quinta (4), que ela deixou de ser o principal assunto da Casa depois da polêmica levantada pelo ministro Gilmar Mendes. As informações são do blog do Valdo Cruz.

“Nossa preocupação agora é outra, vamos deixar isso para o ano que vem, temos de resolver essa disputa com o Supremo primeiro”, avaliou um aliado de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

A ideia é concentrar os esforços na votação de uma proposta que atualize a Lei do Impeachment, de 1950, deixando a sabatina e a votação do nome de Jorge Messias para o próximo ano, depois do recesso parlamentar.

O Palácio do Planalto agradece, porque ganha realmente mais tempo para garantir a aprovação do advogado-geral da União para o lugar de Luís Roberto Barroso, que se aposentou do STF. A equipe de Lula admite oficialmente que a mensagem ao Senado será encaminhada apenas no ano que vem, apesar de a indicação de Jorge Messias já ter sido publicada no “Diário Oficial da União”.

Messias, do seu lado, continua seu trabalho de visitar senadores a fim de pedir apoio para sua indicação pelo presidente Lula.

Ao mesmo tempo, interlocutores do presidente e de Davi Alcolumbre continuam articulando um encontro entre os dois para os próximos dias. A avaliação é que o governo tem muitas votações importantes no Senado, além da indicação de Messias, e que ter o presidente do Senado como adversário será ruim para o Palácio do Planalto.

 

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