Ninguém quer assumir o governo de Fátima Bezerra. E esse vácuo político pode arrastar o Rio Grande do Norte para uma eleição indireta, um mandato-tampão decidido pela Assembleia Legislativa. O presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira, confirmou que o projeto de atualização da Constituição Estadual já está pronto — falta apenas ser votado. Mas o problema não é jurídico: é achar quem tenha coragem de aceitar o rombo deixado pela atual gestão.

Nos bastidores já circula o nome do deputado estadual Vivaldo Costa como possível indicado para disputar essa eleição indireta. Seria um movimento altamente favorável ao Seridó, especialmente a Caicó. Vivaldo já assumiu o Governo quando José Agripino precisou se desincompatibilizar — era o vice — e deixou uma marca de obras importantes, como a Barragem das Traíras, a estrada da Palma e outras ações que ainda hoje impactam a região.

Mas a pergunta permanece: por que uma nova eleição? Porque, até agora, ninguém levantou a mão para ocupar a cadeira que Fátima insiste em deixar vaga para disputar o Senado. Nenhum político quer carregar o peso da crise fiscal e administrativa que se agravou ao longo de sua gestão. O governo virou uma herança tóxica, e a recusa generalizada abre espaço para uma disputa inédita pela sucessão no RN.

 

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