Primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul em quase cem anos, Eduardo Leite (PSD) não esconde que deseja concorrer à Presidência da República em 2026. Mas, para isso, ele depende de um aval ainda incerto do presidente de seu partido, Gilberto Kassab.
Se essa aposta não vingar, Leite pode disputar uma das duas vagas de senador pelo Rio Grande do Sul, que já são alvo de um duelo acirrado entre candidatos apoiados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). As informações são da BBC News Brasil.
Em entrevista ao veículo, Eduardo Leite criticou Lula por não reciclar suas lideranças e por, segundo ele, praticar algo que chama de “política do messianismo”.
“O líder precisa saber entrar, fazer sua parte, formar novas lideranças e dar espaço para que outros assumam esse protagonismo sob pena de você incentivar essa política do messianismo, do salvador da pátria, de que só alguém presta”, afirmou.
“Isso está sempre muito presente na fala do presidente Lula. Talvez Jesus Cristo tenha sido tão bom quanto ele, mas que mais não foi. É quase que isso que chega a ser dito”, acrescenta.
Segundo Leite, o brasileiro não conhece eleição sem Lula no Brasil. Ele lembra que a eleição de 2026 será a sétima disputada pelo líder petista, caso sua candidatura à reeleição se confirme.
Com exceção de 2018, quando estava preso, e das duas eleições de Dilma (2010 e 2014), Lula disputou todas as outras eleições presidenciais desde 1989.
“Praticamente dá para dizer que a gente não conhece eleição sem Lula. É muito ruim para a democracia que um campo político fique completamente capturado por uma figura e não saiba sequer se reciclar nas suas lideranças. A alternância de poder é importante”.

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