O prefeito de São Gonçalo do Amarante (RN), Paulo Emídio de Medeiros, disse hoje em entrevista ao programa O Povo no Rádio da rádio 96 FM que o Hospital Belarmina Monte tem hoje 10 leitos de UTI destinado à pacientes com Covid-19 e que no período em que teve mais pacientes internados lá estavam ocupados apenas 4 leitos. As declarações do prefeito colocam uma interrogação sobre o motivo do governo do Estado estar transferindo pacientes da região metropolitana para cidades como Mossoró (RN), Caicó (RN) e Pau dos Ferros (RN), muito mais distantes.
As declarações do prefeito foram no sentido de desmentir o secretário de saúde de Natal, George Antunes, que havia reclamado do fato de São Gonçalo ter desativado um hospital de campanha por falta de recursos o que estaria sobrecarregando o atendimento prestado no sistema de saúde de Natal.
Segundo o prefeito Paulo Emídio, no pico da pandemia no ano passado foram abertos 10 leitos de UTI no Hospital Belarmina Monte numa parceria da prefeitura com o governo do Estado e o governo federal. “Eu fui a imprensa e disse que tinha um prédio pronto para abrir um hospital de campanha de até 100 leitos, mas o município não tinha como abrir sozinho um hospital de campanha, até porque eu já estava com 10 leitos de UTI no nosso hospital”.
Ele conta que então foi aberto o hospital de campanha numa parceria entre a prefeitura e o governo do Estado e os 10 leitos de UTI da prefeitura tinha dias que chegou a ficar sem nenhum paciente internado. “No nosso hospital de campanha, o governo do Estado entrava com 2/3 dos gastos e a prefeitura com 1/3. Foram 90 dias, eu falei com o secretário Cipriano que o município estava disposto a renovar por mais 90 dias, foram para seis meses, e o nosso hospital de campanha nunca chegou a ocupar todos os leitos, com um detalhe, tinha dias e mais dias que não tinha um paciente de São Gonçalo”, assegura o prefeito.
Ele afirmou que consultou o Estado sobre a intenção de manter o hospital aberto, mas o secretário Cipriano Maia achou melhor fechar a unidade pela baixa procura.
“O hospital de campanha que tinha 110 funcionários chegou a ter um ou dois pacientes por dia, graças a Deus, então entrei em contato com o secretário Cipriano e disse que estava disposto a continuar por mais 90 dias. Mas naquele momento, agora no mês passado, o secretário disse que o Estado estava passando por dificuldades, como estava baixa a quantidade de pacientes, achava melhor fechar o hospital de campanha para reduzir despesas, mas na mesma hora eu abri 10 leitos para o povo de São Gonçalo no hospital Belarmina Monte, como fiz da primeira vez. Acredito que se fosse hoje, o secretário Cipriano não tinha fechado o hospital de campanha, porque logo depois começou a essa grande onda, mas eu preparei 10 leitos e esses 10 leitos, graças a Deus, tem dia que tem 4 pessoas internadas, tem dia que tem 5, tem dia que tem 3. Então nós estamos com leitos sobrando no momento e os 10 leitos tem sido mais do que suficientes para São Gonçalo como foi no início também. O hospital de campanha eu abri mais para ajudar o Estado e as várias cidades da região. Então tecnicamente o secretário achou que não seria viável continuar aberto naquele momento. O que disse ao secretário que o prédio está pronto, bonito, novinho e na hora que o Estado quiser abrir está a disposição do Estado, porque nosso hospital Belarmina Monte está dando conta da demanda de São Gonçalo”.
Ele reafirmou que agora nessa nova onda da Covid, foi procurado pela governadora e se colocou a disposição para nova parceria que resultou nos 10 leitos que estão funcionando no hospital Belarmina Monte.”Começou esta semana e o dia que teve mais gente internado foi quatro pessoas de fora de São Gonçalo”.
Ele voltou a dizer que se a governadora Fátima Bezerra quiser abrir um hospital de campanha tem o prédio mais novo, mais moderno do Rio Grande do Norte, com o detalhe de ter um tanque de oxigênio grande e em nenhum momento faltou oxigênio quando o hospital de campanha funcionou.
Fonte: Robson Pires
Poste seu comentário