O Ministério da Saúde confirmou na última quarta-feira(08)  o primeiro caso de raiva humana provocada por ataque de cão em 2010. Trata-se de um agricultor de 26 anos, residente em Carneiro, zona rural da cidade cearense de Chaval. O rapaz foi mordido há três meses por um cão da família.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde de Carneiro, apesar de ter sido informado sobre riscos, o agricultor recusou-se a tomar vacina contra a doença. Técnicos da vigilância sanitária e PSF entrevistaram hoje familiares do agricultor. De acordo com informações obtidas, quando atacou o agricultor, o cachorro apresentava ferimento na perna. Dias depois do acidente, o animal morreu.
O paciente permanecia internado até a tarde de hoje, em estado grave. Este é o segundo caso de raiva humana registrado no País este ano. A primeira infecção, provocada por mordida de morcego, ocorreu no Rio Grande do Norte. O paciente morreu. No ano passado, foram confirmados dois casos de raiva humana no País. A doença pode ser transmitida por meio da arranhadura, lambida ou mordida de um animal infectado. Os principais transmissores são cães, gatos, saguis e morcegos.
Para Ministério da Saúde, a confirmação do caso humano reforça a necessidade de imunizar animais. A pasta informou hoje que mantém a campanha de vacinação de cães e gatos no País iniciada na primeira semana de junho. No entanto, relatos de mortes provocadas por reações adversas da vacina preocuparam donos dos animais. Em São Paulo, a vacinação foi suspensa depois de sete cães e gatos morrerem depois da vacinação.
Em todo o País, foram notificadas 79 reações adversas graves – um número que, de acordo com ministério, está em conformidade com o que é encontrado na literatura internacional . Até setembro, 1,3 milhão de animais foram imunizados. O ministério não informou se o número está dentro da margem esperada.