Deu no blog de Marcos Dantas:

A partilha de cargos no governo de Dilma Rousseff ganhou mais um ingrediente: a necessidade de apaziguar a disputa interna no PT pela candidatura à presidência da Câmara, informa o “Painel” da Folha, editado por Renata Lo Prete. Como a temperatura na bancada subiu bastante, ameaçando a perspectiva de unidade em torno de Cândido Vaccarezza (SP), a avaliação é que será preciso compensar de algum modo os outros postulantes, Marco Maia (RS) e Arlindo Chinaglia (SP). Ou então compensar Vaccarezza para eleger Maia ou Chinaglia, que embora já tenha comandado a Casa, é hoje menos viável. A bancada se reúne nesta terça-feira para tentar chegar a uma definição.

Dispostos a comandar um orçamento de R$ 3,8 bilhões, três deputados petistas promovem uma disputa nos subterrâneos da Câmara dos Deputados. A batalha pela presidência da casa colocou em rota de colisão alas da mais poderosa corrente do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB) – antigo Campo Majoritário -, liderada pelo ex-ministro José Dirceu. Dono da maior bancada na futura legislatura, o PT negociou um rodízio na gestão da Câmara com o PMDB, segunda força do Parlamento. Conforme o acerto assinado na quinta-feira, que teve reflexos na montagem do primeiro escalão de Dilma Rousseff, um petista irá conduzir a casa pelos próximos dois anos.