As primeiras viagens ao exterior da presidente Dilma Rousseff serão “aos países vizinhos, aos Estados Unidos e à China”, anunciou neste domingo, 2, o novo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. A primeira viagem deve ser para a Argentina na segunda semana de janeiro.

“E cada vizinho na América do Sul receberá uma atenção crescentemente diferenciada”, declarou Patriota depois de substituir Celso Amorim no cargo em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty.

Sem dar detalhes, Patriota disse que já conversou com a nova presidente sobre “um programa de viagens”, que além dos países sul-americanos não identificados, dos Estados Unidos e da China, inclui sua participação na Cúpula entre a América do Sul e os países árabes, que será realizada em Lima, em fevereiro.

A cúpula “constituirá uma valiosa oportunidade de contato da Presidente com líderes da América do Sul e do mundo árabe”, indicou o novo ministro das Relações Exteriores.

Em seu discurso, Patriota deu como exemplo dos objetivos da política externa de Dilma a relação entre Brasil e Argentina, “que vive hoje um momento de plenitude e avança em um vasto espectro de iniciativas que incluem áreas como a cooperação em matéria espacial e dos usos pacíficos da energia nuclear”.

Segundo Patriota, o “destino comum” dos países sul-americanos exige conhecer “melhor a História, a demografia, o potencial econômico e a cultura uns dos outros – da Terra do Fogo à Ilha de Margarita”.

O novo ministro ressaltou, no entanto, que “prioridade atribuída à vizinhança não se dará em detrimento de relações estreitas com outros quadrantes do Sul ou do mundo desenvolvido”.

Também indicou que, “como a sétima economia do mundo, e havendo implementado um conjunto de políticas econômicas e sociais que têm produzido resultados tangíveis, o Brasil gera uma expectativa natural” de cooperação com os países da América Latina, Caribe, África, Oriente Médio e Ásia.