Deu na Folha Online:

prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, se comprometeu a comunicar antes da convenção nacional do DEM, marcada para a próxima terça-feira, se fica ou sai do partido.

O acordo, selado com o futuro presidente do DEM, senador José Agripino, é para evitar que, uma vez nomeados para a Executiva Nacional do partido, aliados do prefeito de São Paulo deixem a legenda logo em seguida.

Numa tentativa de segurar Kassab e seu grupo no DEM, foi oferecida ao deputado federal Guilherme Campos (SP), ligado ao prefeito, uma vaga na Executiva. Campos deve seguir a decisão do prefeito, caso ele confirme a disposição de fundar um novo partido, o PDB.

A novela da saída de Kassab do DEM começou ainda antes da eleição de 2010, quando o prefeito paulistano, à procura de uma alternativa para disputar o governo de São Paulo em 2014, começou a negociar sua ida para o PMDB.

Por conta da lei da fidelidade partidária, no entanto, Kassab começou a organizar a fundação de um novo partido _que, mais adiante, se fundiria ao PMDB.

O PSB do governador Eduardo Campos (PE) atravessou a negociação e propôs ao grupo do prefeito de São Paulo abrigo no PSB, numa jogada para rivalizar com o PMDB como segunda força na aliança que dá suporte ao governo Dilma Rousseff.

Kassab selou o acordo com Campos em café da manhã no mês passado.

Desde então, o DEM começou uma operação para tentar conter a dissidência e limitar o estrago ao grupo de Kassab. Com a indicação de Agripino para a presidência do partido, figuras de peso na sigla, como Jorge Bornhausen e Marco Maciel, desistiram de acompanhar o prefeito paulistano.

Ainda que não consiga fazer o “arrastão” inicialmente pretendido, a avaliação de setores do DEM é que Kassab já selou sua saída, e será  muito difícil recuar agora.

O prefeito deve buscar em outras legendas políticos para integrar seu PDB, como o vice-governador da Bahia, Otto Alencar, hoje no PP.