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Cientistas japoneses conseguiram criar, pela primeira vez, espermatozoides de ratos em laboratório. Os espermatozóides foram congelados e depois fertilizaram óvulos, resultando em ratos férteis. A descoberta consiste em um passo importante para estudos sobre a infertilidade masculina.

O fato é considerado uma grande vitória, pois a formação do espermatozoide é um dos processos mais complexos e longos de divisão celular. Em mamíferos, leva mais de um mês, entre várias e complexas etapas – que até agora nunca tinha sido reproduzido por completo em laboratório.

“Falando de um modo exagerado, nós sabemos ainda muito pouco sobre os mecanismos da espermatogênese e o que é necessário para completar o processo que vai das células-tronco no testículo até o esperma”, disse ao iG Takehiko Ogawa, professor do Departamento de Urologia da Universidade de Yokohama e autor do estudo publicado nesta semana no periódico científico Nature.

A diferença no estudo dos pesquisadores da Universidade de Yokohama está no uso de método de cultura de órgãos, que foi muito usado na década de 1960. Fragmentos de tecido são retirados em blocos do corpo, o que mantém a estrutura e o microambiente original por até uma semana, no máximo. “Anteriormente, o período era muito curto para trabalharmos de forma adequada, mas conseguimos agora manter os tecidos por tempo suficiente para a geração de células,” disse Ogawa que considera que a manutenção do microambiente tenha sido essencial para que a espermatogênese ocorresse de forma adequada.