Nada de fusão entre DEM e PSDB. O deputado federal Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) defende que os principais partidos da oposição passem por uma renovação e estimulem a entrada de novos quadros para disputar as eleições municipais no próximo ano.

O democrata descarta a fusão entre seu partido e o PSDB que vem sendo abordada no noticiário nacional nos últimos dias, principalmente depois que começou a debandada para o novo PSD, criação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. ACM Neto diz que as duas legendas precisam aproveitar o momento para se fortalecer. “Esse assunto (fusão entre DEM e PSDB) não está em pauta. O momento agora é de fortalecer os dois partidos nas suas bases, exatamente com o objetivo de sairmos fortalecidos das eleições de 2012”, disse no Recife ACM Neto, nesta segunda-feira (25), durante o velório do ex-deputado federal pernambucano José Mendonça Bezerra (DEM), falecido no último domingo.

A primeira medida dos partidos de oposição, segundo o deputado, está sendo aparar as arestas que existem em alguns municípios. “Em muitas disputas em 2008, nas eleições municipais, o Democratas esteve de um lado e o PSDB do outro. Agora a gente quer que os dois estejam do mesmo lado”, afirmou..

O político baiano acredita que o fortalecimento das legendas passa pela entrada de novos nomes nas agremiações. Para isso, vai rodar o Brasil para levantar novos quadros entre maio e setembro deste ano, pois em 5 de outubro fecha-se a janela para filiações que visam a disputa de 2012.

“No momento que saem políticos antigos do Democratas e do PSDB, exatamente por essa janela de adesismo, nós temos que abrir espaço para novos nomes. Temos que estimular novas lideranças, trazer novos quadros para a política. Vamos ter uma agenda intensa de eventos no Brasil inteiro. De um lado exercendo nosso papel de fiscalização do governo, que faz parte das nossas prerrogativas, e, do outro, apresentando propostas e motivando a nossa militância. À medida que a gente rode o Brasil e leve essa mensagem, tire o trabalho que não pode ser apenas do Congresso e leve para as ruas, tenho certeza que esses novos quadros vão se sentir bastante estimulados a ingressar nos Democratas e PSDB e vamos ter uma boa capacidade de competição no ano que vem”, afirmou Magalhães.

Para o democrata, angariar novos nomes é praticamente uma questão de honra. “Acho que essa é nossa tarefa principal. Se não formos capazes de promover uma renovação, aí sim, a oposição não terá perspectiva de voltar ao poder”.