As denúncias de tráfico de influência, corrupção e enriquecimento ilícito que derrubaram os ministros Alfredo Nascimento (Transportes) e Antonio Palocci (Casa Civil) diminuíram a cota atribuída ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no governo Dilma Rousseff.

Dos 37 assessores diretos nomeados por Dilma no dia 1º de janeiro, 11 eram remanescentes do governo Lula. Nem todos foram indicados pelo ex-presidente. É o caso de Nascimento, pedido pelo PR. Mas o número de remanescentes caiu para nove e, segundo pessoas próximas à presidenta, pode diminuir ainda mais.

Nascimento e Palocci são os responsáveis até agora pelas maiores crises do governo, mas Nelson Jobim (Defesa) chegou a ser chamado ao Palácio do Planalto para explicar declarações de teor explosivo. Durante homenagem aos 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, o ministro citou repetidamente os “idiotas” que teriam ganhado espaço depois da saída do tucano.