Depois que o governo recuou da intenção de criar um imposto para financiar a saúde – ao menos em 2011, o tributo não sairá do papel – surgiu uma dúvida. De onde virão os recursos que, segundo o Executivo, eram imprescindíveis para amenizar a crise no setor? A resposta mais simples é: de lugar nenhum. O Planalto adiou o debate sobre a volta da CPMF, mas não tem um plano B.

A União tem disponíveis para gastar com saúde este ano 71,5 bilhões de reais. Se a CPMF ainda existisse, esse montante seria de mais de 100 bilhões. O senador José Agripino Maia (RN), presidente do DEM, diz que o Executivo não precisa de novas fontes de recursos para melhorar a situação da Saúde: “É preciso fazer um plano de contenção dos gastos. O governo tem que rasgar na própria carne e racionalizar as contas públicas”, diz.

O líder da minoria na Câmara, Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), concorda: “Há recursos nos cofres da União. O que falta é o governo reconhecer isso.” Ele cita como exemplo a caridade feita pelo Planalto com o governo do Paraguai: o Brasil multiplicou o valor pago pela compra da energia excedente da usina de Itaipu.

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