A presidente Dilma Rousseff pretende usar o segundo semestre de 2012 para acelerar seu calendário de viagens internacionais. Além dos eventos obrigatórios de que tem de participar, ela planeja visitas a países latino-americanos e europeus e uma possível volta à África.

As eleições municipais, cujas campanhas começam a esquentar em agosto, não devem travar essa agenda. Ao contrário, Dilma pensa em usar os compromissos externos para evitar cobranças de apoio a candidatos a prefeito.

 Dilma já definiu: vai participar apenas das campanhas de Belo Horizonte, onde se envolveu diretamente na articulação política que levou ao lançamento da candidatura do petista Patrus Ananias e em São Paulo, para tentar ajudar seu ex-ministro da Educação Fernando Haddad.

O principal cabo eleitoral na capital paulista será mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, patrono da candidatura, mas Dilma pretende dar seu apoio a Haddad não apenas em programas eleitorais. Nas demais cidades, a presidente quer manter distância das campanhas para evitar confusão na sua base eleitoral. A agenda internacional aparece como desculpa perfeita. Não há ainda nenhuma data ou algo mais concreto além dos eventos tradicionais, como a Assembleia Geral das Nações Unidas – setembro, em Nova York – e o encontro do Mercosul para selar a entrada da Venezuela no bloco em 31 de julho – e esta nem viagem será, pois foi transferida do Rio para Brasília.