O petista Fernando Haddad, de 49 anos, foi eleito neste domingo o 61º prefeito de São Paulo e vai assumir em 1º de janeiro no lugar de Gilberto Kassab (PSD). O candidato do PT conquistou 56% dos 5.730.844 votos válidos, contra 44% do concorrente José Serra (PSDB). As eleições deste ano na capital foram marcadas por reviravoltas. Haddad largou na disputa em julho com 3% das intenções de voto. No primeiro turno, o petista sempre esteve atrás nas pesquisas de Celso Russomanno (PRB) e Serra. Russomanno liderou de agosto até a penúltima semana antes da votação, quando entrou em empate técnico com Serra e Haddad. Nas urnas, acabou de fora do segundo turno.

O petista conquistou a vaga ao lado de Serra tirando votos do candidato do PRB com duras críticas à proposta de Russsomanno. A vitória deste domingo foi consolidada com o apoio de padrinhos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff e boa parte do time de ministros.

Já no segundo turno Haddad saiu na frente desde a primeira pesquisa com quase dez pontos de diferença – distância mantida durante todo este final de campanha. Apesar dos altos e baixos, o segundo turno marcou um retorno da política paulistana à tradicional polarização entre PT e PSDB. O cenário determinou o tom agressivo da campanha dos dois candidatos. Serra evocou contra o petista uma guerra ética, com referências constantes à condenação de integrantes do PT no Supremo Tribunal Federal durante o julgamento do mensalão.

Haddad vence a eleição em um cenário de rejeição à gestão de Gilberto Kassab e ao nome de José Serra – que teve de encarar o temor dos eleitores de que ele abandonasse novamente o cargo de prefeito como fez em 2006 para concorrer ao governo do estado.(Veja)