Por Carlos Newton

Desde o início da tarde, o centro da cidade estava mais cheio do que o habitual, e logo as ruas ficaram lotadas no trajeto do Papa Francisco, desde a Catedral até o Teatro Municipal. Pelos bairros de toda a cidade, os bares ficaram lotados de pessoas que assistiam a cobertura das emissoras de televisão, que transmitiam ao vivo.

Depois, o público se deslocou até Laranjeiras, na tentativa de ver o Papa no Palácio Guanabara. Eram milhares e milhares de pessoas, alegres, mas sem bagunça. Invadida pelo povo, a Rua das Laranjeiras, uma das mais importantes da Zona Sul, teve de ser fechada ao tráfego de veículos.

Era uma multidão meio silenciosa, o que mais se ouvia eram os motores dos helicópteros das forças de segurança e também das emissoras, sobrevoando o bairro, com os jornalistas fazendo a cobertura do evento. Uma bela festa religiosa, mas aberta a todos, democrática e simples. Nem precisava de polícia. O Papa, nem nenhuma proteção, só faltou descer do papamóvel para abraçar as pessoas.

 Pela simplicidade, pela preocupação social, pela forma direta de encarar os problemas, como ficou demonstrado nas entrevistas concedidas a bordo do avião da Alitália, este Papa vai fazer história. Podem apostar.