O papa Francisco dirigiu-se a políticos, empresários e representantes da sociedade civil brasileira neste sábado e disse que o futuro exige uma visão humanista da economia e uma política sem exclusão, e que o diálogo é a única maneira para uma sociedade crescer.

“Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo”, disse o pontífice em discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

“O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais”, acrescentou.

No sexto dia de visita ao Brasil para presidir a Jornada Mundial da Juventude, Francisco fez um discurso ressaltando a importância da responsabilidade social e dos valores éticos, estes considerados pelo pontífice “um desafio histórico sem precedentes” nos nosso dias.

“Somos responsáveis pela formação de novas gerações, capacitadas na economia e na política, e firmes nos valores éticos”, disse o papa.

“No exercício da nossa responsabilidade, sempre limitada, é importante abarcar o todo da realidade, observando, medindo, avaliando, para tomar decisões na hora presente, mas estendendo o olhar para o futuro, refletindo sobre as consequências de tais decisões”, afirmou.

Antes de seu discurso, o papa ouviu as palavras de Walmyr Junior, ex-morador de uma favela carioca que disse ter se aproximado do mundo do crime e utilizado drogas. Hoje graduado em História, o jovem disse que foi salvo ao ingressar numa paróquia local.

O pontífice ressaltou no discurso que “o futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza”.

Como tem acontecido ao longo da visita ao Brasil, destino de sua primeira viagem internacional desde que foi eleito em março, o papa abençoou fiéis e recebeu presentes.

Fonte: Reuters