Os últimos acontecimentos da política brasileira devem inflar as manifestações previstas para o próximo dia 13. Os organizadores do evento esperam número de manifestantes semelhante ao de um ano atrás, quando mais de 1 milhão de pessoas participaram dos protestos em 26 estados e no Distrito Federal.

De acordo com Ricardo Honorato, um dos organizadores da manifestação em Brasília, a princípio já era esperado um número relevante da participantes, pois a data está marcada há meses. Porém, os protestos seriam menores, como os anteriores já vinham demonstrando. No entanto, com o depoimento de Lula para a Polícia Federal na última sexta-feira (4) e o indiciamento do ex-presidente ocorrido ontem (9) pelo Ministério Público de São Paulo, por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, a quantidade de pessoas deverá aumentar.

Além do impeachment de Dilma Rousseff e do combate à corrupção, os movimentos em todo o país vão pedir a aprovação da PEC 412, que determina a autonomia financeira e independência orçamentária da Polícia Federal.

Petistas em casa

Diante da possibilidade de confrontos no próximo domingo, a direção nacional do PT recomendou que os militantes do partido não saiam às ruas. O diretório de São Paulo retirou a convocação que havia feito para que a militância comparecesse em peso aos atos de domingo para defender o governo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o acirramento dos ânimos e a preocupação do governo com atos violentos, o diretório do PT paulista reforçou a convocação para os protestos do dia 18. O recuo das direções petistas, porém, ocorreram antes do pedido de prisão preventiva de Lula. Depois disso, líderes do PT passaram a avaliar como mais difícil segurar a militância. (Agências de Notícias)