Por Willy Sandoval

Esse pessoal do Bolsonaro parece (e é mesmo) totalmente neófito em política! Qualquer iniciante sabe que, em política, se faz de tudo para não se criar inimigos, o adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã e vice-versa. Vejam o termo que estou usando, porque adversário não significa inimigo. Bolsonaro e seus filhos não têm a mínima noção dessas lições tão básicas de política. Dinamitam pontes, quando deveriam procurar construí-las para facilitar a governabilidade. Até mesmo aliados passam a ser tratados como traidores e, portanto, como novos inimigos.

Do jeito que a coisa vai, será difícil chegar até 2022. Aliás, Bolsonaro faria um favor ao país, se renunciasse e deixasse o poder nas mãos do general Hamilton Mourão, que, tudo indica, tem muito mais bom senso e noção de realidade do que o tresloucado capitão e seus rebentos.

DESNACIONALIZAÇÃO – O governo não tem projeto e apoia claramente a desnacionalização da política. Nosso sistema atual produz ambiente promíscuo que inibe o bom capitalismo e estimula o mau capitalismo, a roubalheira e a barbárie.

Existe todo um sistema legal montado na lógica de serem criadas dificuldades para que consigam vender facilidades. Só não contavam que iriam aparecer uns malucos da Lava Jato querendo fazer a lei sendo cumprida custe o que custar, sem nenhum jeitinho. Resultado, país com economia estagnada com pouquíssimas possibilidades de retomada de crescimento sustentável.

E A JUSTIÇA? – O Supremo Tribunal Federal, a instituição mais importante da República, que dá a palavra final, está totalmente corrompido e disfuncional. É um pouco injusto falar em totalmente corrompido, mas há uns três ou quatro ministros claramente mal intencionados e ineptos, e isso é o suficiente para gerar uma instabilidade jurídica que praticamente inviabiliza o país de ter a volta de um crescimento econômico sustentável que seria gerado com a volta de investimentos, nacionais e estrangeiros. Ou seja, estamos montando um país inviável e o governo não está nem aí.