Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu, nesta segunda-feira (18), a não pedir favores pessoais ao novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicado pelo chefe do Executivo. Gonet tomou posse nesta manhã.

“Nunca lhe pedirei favor pessoal, nunca exercerei sobre o Ministério Público qualquer pressão pessoal para que algo não seja investigado”, disse o presidente, que dirigiu a cerimônia, ao discursar na solenidade para o novo procurador.

“Não faça o Ministério Público se diminuir diante da expectativa dos brasileiros que acreditam na instituição, seja o mais honesto, o mais honesto, o mais justo. Que Deus te ajude, que seja um extraordinário procurador”, afirmou Lula.

O chefe do Executivo pediu “uma coisa” a Gonet, no discurso: “O Ministério Público é uma instituição tão grande que nenhum procurador tem o direito de brincar com ela”.

Lula ressaltou a importância de não existirem interferências. “O procurador não pode se submeter ao presidente da República, não pode se submeter ao presidente da Câmara, do Senado, de outros Poderes, mas também não pode se submeter a manchete de nenhum jornal ou canal de televisão”, ressaltou.

O presidente pediu foco para a “verdade, e somente a verdade prevaleça, trabalhe com o que povo brasileiro espera do Ministério Público”.

Indicação

Lula indicou Paulo Gonet para o cargo de procurador-geral em 27 de novembro. Em 13 de dezembro, Gonet recebeu aprovação no Senado para o novo cargo, após sabatina da Comissão de Constituição e Justiça que durou cerca de 10 horas.

No Plenário, foram registrados 65 votos favoráveis, correspondente a 85% do quórum de 77 senadores votantes. Conforme a Constituição Federal, o mandato do procurador-geral da República é de dois anos, prorrogáveis por mais dois.

Gonet ocupará o cargo no lugar de Augusto Aras, ex-PGR, substituído de forma internada por Elizeta Ramos. Ele foi nomeado formalmente pelo presidente Lula em edição do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (15).

Agência de Notícias