Ao final desta campanha teremos um Presidente da República para o quadriênio 2011/2014. E o perdedor? Bem, a este uma certeza – Não terá outra chance de vestir a faixa presidencial. Se der Dilma, Serra passa o bastão para Aécio como presidenciável em 2014. Se der Serra, Dilma volta à sombra de Lula, e no máximo poderá disputar um senado ou uma cadeira na Câmara de Deputados.
E em 2014? É certo que o presidente ou presidenta será candidato a reeleição, pois esse papo de acabar com esse instituto que tem fragilizado nosso embate eleitoral, somente passa pela cabeça dos candidatos antes de eleitos, depois todo mundo quer é ter a oportunidade de repetir a dose. Portanto teremos Serra ou Dilma em 2014 defendendo a faixa e a cadeira no Planalto. A não ser que Lula assuma sua própria campanha, mas não creio, Dilma demonstra ser fiel ao presidente, é seu braço direito, e deverá gerir o país sob o olhar de nosso conterrâneo.
Se der Dilma agora, deveremos ter Dilma contra Aécio Neves. Marina poderá chegar novamente cotada mas sem a força do PSDB ou do PT será novamente muito difícil, por isso é interessante escolher um lado já agora. Ciro Gomes também tem potencial, mas acho que a eleição dele era essa. O Brasil não vive mais aquele pluripartidarismo eleitoral da eleição de 1989, quando tivemos quase duas dezenas de candidatos, e dentre eles pelos menos uns cinco ou seis com chances de ir ao segundo turno.
Se der Serra agora, deveremos ter a volta de Lula em 2014, que atenderia o chamado das oposições e do povo. Serra teria 4 anos para tentar desconstruir a imagem de Lula, e esse processo já começou. O crescimento de Serra no sul do país e depois um governo voltado a atender aquela região pode colocar em risco a mitificação do operário que virou presidente.
Como sempre acontece na recente história política brasileira, os novos governantes buscam mostrar que tudo que aconteceu de errado foi devido ao seu antecessor, e todo mundo acaba aceitando isso. Lula mesmo fez isso com FHC, que estabilizou a economia e deu os primeiros passos em direção ao investimento social. Mas a forma centralizada de gerir o país a partir da concentração do capital no sudeste, acabou por criar entraves ao desenvolvimento regional. Em Pernambuco, para quem não lembra, Jarbas Vasconcelos deixou o governo com alto índice de aprovação popular, elegeu-se senador com facilidade na mesma eleição que fez de Eduardo Campos governador, e agora, esse mesmo Jarbas, teve uma votação decepcionante. Fruto de quatro anos de uma administração que logrou ao antecessor as mazelas do estado. É a tal da desconstrução da imagem política.O mesmo ocorreu aqui no Rio Grande do Norte, quando Vilma de Faria entregou ao seu vice Iberê Ferreira um governo destroçado, deu no que deu Rosalba Ciarlini(DEM) ganhou com uma maioria superior a 250 mil votos.

Portanto eu apostaria em dois clássicos diferentes para 2014: Dilma X Aécio, ou Serra X Lu