Ao comentar a eleição de Dilma Rousseff para a presidência do País, o líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), disse que a oposição deve se reunir e não acreditar que as “mãos estendidas do governo”, mencionadas no discurso de Dilma, sejam uma atitude diferente da adotada pelo governo Lula, que tentou “massacrar” os oposicionistas.

Ele afirmou que é preciso dar crédito para que a presidente coloque em prática o que propôs em seu discurso após a vitória, mas que a oposição deve estar alerta, pois o novo governo petista deverá ser uma continuidade administrativa e política do atual. “Precisamos estar prontos para contestar, fiscalizar e, também, propor e estender a mão para aquilo que for bom para o Brasil”.

Já o líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), destacou a importância da oposição para um governo democrático. “A oposição tem a responsabilidade de fiscalizar as ações do governo, debater as questões, dar alternativas às propostas que forem apresentadas pelo governo e apoiar o que for bom para o País”, disse.

Almeida analisou também as vitórias do PSDB em alguns estados, lembrando que o sistema constitucional brasileiro garante uma relação de coparticipação entre os governos. Em sua opinião, desde o governo Fernando Henrique esse padrão de relacionamento entre o governo federal, estados e municípios vem se mantendo, e tende a continuar. “Mas isso não impede, limita ou reduz a ação da oposição que deve ser feita pelos partidos”, acrescentou.