O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), voltou a defender nesta segunda feira que o PT assuma a presidência na Câmara em 2011, apesar do PMDB querer a vaga.
Esse deverá ser um dos primeiros embates que a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), terá que resolver dentro da base aliada.
O deputado Vaccarezza disse que espera que se cumpra na Câmara e no Senado a regra atualmente adotada, ou seja, que a maior bancada assuma a presidência e se faça um rodízio a cada dois anos entre o PT e o PMDB.

– Não serei candidato à presidência da Câmara dividindo o PT ou a base aliada. Mas pelo critério geral é o PT que assume a presidência (da Câmara). Mas não deve haver disputa entre PT e PMDB – afirmou.
Cândido Vaccarezza, que é candidato dentro do PT, espera que o partido defina a questão até o final de novembro.

Outro incômodo para o PMDB dentro da aliança é a luta do PSB por mais poder – algo que já aconteceu na campanha com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), nomeado coordenador político apesar de suas críticas pesadas ao partido do vice Michel Temer (PMDB-SP).

O temor é que o PSB se articule com PDT e PCdoB para formar um bloco político na Câmara novamente, mas, desta vez, com capacidade de medir forças com o PMDB, dificultando a negociação direta entre petistas e peemedebistas pelo comando da Casa.

O PT tem 88 deputados; o PMDB, 79. PSB, PDT e PCdoB, se unidos num bloco, chegam a 77 deputados.
Incluindo mais o PTB e o PRTB, o bloco já passa o PMDB. É essa união que o PMDB quer evitar, e conta com o PT.

Ele também elogiou também a posição do presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, que afirmou ao GLOBO ser contra o PMDB ter o comando das duas Casas na próxima legislatura.

Nesta novela o deputado Henrique Alves(PMDB-Rn) disse que não abre mão de forma alguma de sua candidatura e diz mais:

“Nós temos que ajudar. Não teremos mais o Lula, que resolvia tudo. É hora de construir.Queremos ajudar a presidente Dilma a substituir o Lula, uma tarefa quase impossível. Nós seremos parceiros nisso.”