Para evitar um novo caos aéreo nos terminais do País neste final de ano, empresas aéreas e as principais entidades governamentais ligados ao setor estão elaborando um plano de contingência para o período. Hoje, a Agência Nacional de Aviação Civil reúne as companhias aéreas e órgãos ligados ao setor para discutir o problema. Ontem, TAM e Gol, as maiores do País, afirmaram estar preparadas para atender o aumento de 20% do tráfego de passageiros previsto para o fim do ano em comparação com 2009.

Já está certo que no aeroporto de Brasília haverá um terminal extra, com estrutura metálica, e com quatro portões de embarque adicionais. A alternativa pode ser estendida a outros aeroportos. O objetivo é reduzir o tempo de embarque e desembarque e o consequente congestionamento da pista. Em Cumbica, o maior aeroporto do País, deve ser criada uma autoridade aeroportuária unificada, para racionalizar filas e organizar a disposição das aeronaves no pátio. Sob supervisão da Anac, serão reunidos nesse grupo Infraero, PF, Receita e Vigilância Sanitária.

Além do aumento no volume de passageiros, que cresceu 25% entre janeiro e outubro e deve manter o ritmo neste final de ano, a mudança no perfil dos frequentadores dos aeroportos pode contribuir para atrasos, o que preocupa o setor. “Há uma inclusão aérea no Brasil, a classe C está voando mais. Isso nos traz a obrigação de orientar passageiros sobre como é o processo em um grande aeroporto”, diz Ruy Amparo, vice-presidente de Operações da TAM.

Amparo e representantes das outras cinco maiores companhias aéreas do país – Gol, Azul, Webjet, Avianca e Trip – apresentarão hojeseus planos para evitar um caos nos aeroportos neste final de ano. O evento, na sede da Anac, terá também Infraero (estatal que administra os aeroportos), Polícia Federal, Receita Federal e Departamento de Controle do Espaço Aéreo.