Apesar de o boletim médico divulgado na tarde desta segunda-feira informar que José Alencar apresenta quadro estável, o médico Roberto Kalil Filho afirmou que não recomenda que o vice-presidente compareça à cerimônia de posse da presidente eleita Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer, no próximo sábado, em Brasília.Integrante da equipe que trata Alencar, Kalil Filho, do Sírio-Libanês, em São Paulo, disse que o vice-presidente não tem condições, no momento atual, de comparecer à solenidade. No boletim das 13h55 desta segunda, o hospital aponta que o vice permanece internado na UTI Cardiológica, realiza hemodiálise e apresenta “estabilidade” do seu quadro clínico.

Alencar está internado na UTI desde quarta-feira, quando passou por uma cirurgia de emergência por causa de hemorragia digestiva grave. Alencar passou a madrugada desta segunda sem sobressaltos e alimentou-se bem de manhã. Ele recebeu hoje a visita da mulher, Mariza Gomes da Silva, que não deu declarações à imprensa.

O procedimento cirúrgico, o 17º ao qual Alencar foi submetido na luta que trava há mais de 13 anos contra um câncer na região do abdome, não conseguiu estancar a hemorragia, controlada por meio de remédios. Na sexta-feira, o vice apresentou um novo sangramento, tratado pela equipe médica.

Desde então, não há diagnóstico de nova hemorragia. Alencar tem recebido tratamento clínico que inclui sessões de hemodiálise. Os médicos que cuidam do vice observam que, embora estável, o quadro de saúde é delicado, mas não consideram nula a possibilidade de ele descer a rampa do Palácio do Planalto no sábado, quando a presidente eleita Dilma Rousseff  tomará posse.

O médico-cirurgião gastroenterologista Raul Cutait, integrante da equipe que acompanha Alencar, informou no fim da tarde de ontem que ele não recebe mais transfusões de sangue e que tem se alimentado bem.

No domingo, o vice-presidente recebeu a visita do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na ocasião, ele reiterou a vontade de estar presente na posse da presidenta eleita, Dilma Rousseff.

Fonte: G1