Desde a campanha presidencial, fiquei cético com a promessa dos petistas de aumentarem a vigilância das fronteiras e combater o tráfico de drogas da Bolívia, Paraguai, Peru e Colômbia. Pois é, pensei correto. Depois da fanfarra com as contas públicas, o governo anuncia corte no orçamento da Polícia Federal, afetando diretamente a vigilância das fronteiras, que já era capenga e agora torna-se praticamente inexistente.

Depois vêm tentar proibir armas nas lojas, que nunca foram problema de segurança pública no Brasil. Com orçamento previsto de R$ 4,2 bilhões para este ano, o Ministério da Justiça teve um corte de R$ 1,5 bilhão. O ministro da pasta, José Eduardo Cardozo, disse que a medida foi necessária “para a estabilidade do país”. Ah, esses ministros, não é mesmo. Sempre confundindo os tolos e desavisados. Pela lógica dele, deve-se desarmar os cidadãos de bem, pois é mais eficiente no combate à violência no país. Vamos tentar entender o PT: como é que um ministro de Estado, deslumbrado com o cargo que recebeu dos petistas, afirma categoricamente que o corte de verbas da PF é para estabilizar o país? Continuamos mal servidos por esses cidadãos que se consideram “senhores da verdade”. Aonde vamos parar com esses discursos absurdos e essas políticas bucéfalas?
Armas ilegais e drogas são hoje os dois males que afligem com maior intensidade as grandes cidades e devem ser combatidas em todas as frentes, priorizando-se as fronteiras, ainda que de enormes dimensões. Soa falso o discurso do plebiscito e da entrega de armas pelos homens de bem diante da retirada dos recursos para o controle de fronteiras por onde elas entram com facilidade. É essa a estratégia de um governo? Que ridículo. Já sucatearam as Forças Armadas, agora é a vez da PF. Viva o PT!!!