Em pronunciamento no plenário da Câmara Municipal nesta terça-feira(17), a vereadora Júlia Arruda (PSB) comentou o teor da entrevista concedida pela prefeita Micarla de Souza(PV) ao jornal Tribuna do Norte no último domingo(15).
Na entrevista, Micarla se diz “perseguida” e desqualifica os vereadores que fazem oposição à sua gestão.
A postura da prefeita foi duramente criticada por Júlia Arruda. “Antes de tudo, é preciso que se diga que a administração da prefeita Micarla de Sousa não é contestada por ser pioneira ou moderna, muito menos por não ser de nenhuma família política. Muito pelo contrário, é por não avançar no desenvolvimento das políticas públicas”, assinalou a vereadora do PSB.
Júlia lembrou que Micarla já chegou na campanha de 2008 com 10% das intenções de votos, utilizando-se do nome do pai, o ex-senador Carlos Alberto de Sousa. “Micarla falar que juízes, promotores, Tribunal de Contas e o povo em geral não aprovam a sua gestão pelo fato dela não ser de família tradicional não é verdade”, disse a parlamentar.
Emendando: “Até porque a desaprovação vem de todas as classes sociais de Natal, as mesmas que sofrem com o desmonte da rede básica de Saúde e o seu desrespeito com o Sistema Único de Saúde, o descaso com as escolas públicas, a falta de coleta de lixo, enfim, a falta de serviços básicos”, disparou Júlia.
Júlia Arruda ainda rebateu o argumento da prefeita Micarla de Sousa de que as pessoas têm “resistência ao novo”.
Prática retrógrada
Segundo a vereadora do PSB, na prática Micarla não tem modelo de gestão inovador. Ela disse não existe resistência ao novo, como a prefeita afirmou à Tribuna do Norte.
“O que está existindo é a resistência às velhas práticas da demagogia, do mau uso dos recursos públicos, de oferecer os serviços públicos da pior qualidade, desobedecendo às leis e aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência”, enfatizou Júlia Arruda.
Acrescentando: “Em outras palavras, Micarla tenta governar Natal com um discurso moderno e uma prática retrógrada”.