Na disputa pelo governo amazonense no ano passado, o hoje ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, teve sua campanha abastecida por doações predominantemente ocultas. Dados da Justiça Eleitoral mostram que em 91,32% dos recursos recebidos pelo então candidato do PR não é possível saber qual foi a empresa doadora.

Essa modalidade de doação é aquela na qual o dinheiro é arrecadado pelo comitê financeiro ou pelo partido político (principalmente com empresas). Somente depois o valor é transferido ao candidato. Os políticos beneficiados por essas transferências não precisam informar nominalmente quem lhes deu o dinheiro e, com isso, os eleitores não têm condições de saber exatamente de onde vieram as doações.

Especialistas em direito eleitoral costumam afirmar que, por mais que a Justiça tente inibir essa modalidade de doação, a tarefa é impossível porque o dinheiro não é carimbado.