A imbecilidade, a estupidez, o preconceito, o machismo e a ignorância não escolhem hora, lugar ou classe social.
Imagine vocês um apresentador de televisão, o tal de Rafinha Bastos, em tão pouco tempo colecionar uma coleção de pérolas que nos fazem lembrar dos “bons tempos” de Paulo Maluf e do jogador Edmundo, o animal.
A última do Rafinha foi dirigida a Wanessa Carmargo. Numa das últimas edições do “CQC”, na TV Bandeirantes, o moço de inteligência privilegiada saiu-se com esta: “Comeria ela e o bebê”, disse, deixando estarrecidos os familiares da cantora, telespectadores e milhares de pessoas com sensibilidade e inteligência.
Por conta disso, a direção da TV paulista está pensando em afastar o rapaz do programa. Já podia ter feito isso antes.
Anteriormente, no mesmo programa de televisão, o Rafinha Bastos pronunciou a seguinte frase: “Mulheres feias deveriam agradecer caso fossem estupradas, afinal os estupradores estavam lhes fazendo um favor, uma caridade”. A insanidade foi parar no Ministério Público e o comunicador (?) é acusado de fazer apologia do estupro.
Tem outro episódio envolvendo a apresentadora Daniela Albuquerque, com pedidos de desculpas no programa seguinte. Depois da exibição de um vídeo em que Daniela aparecia com dificuldades em falar a palavra “Octógono”, Rafinha resolveu brincar com a apresentadora do “Manhã Maior, da Rede TV!.
“É aí que você vê a paciência de um mestre das artes marciais, porque se fosse eu, naquele momento, já dava uma cotovelada e dizia: ‘É Octógono cadela! Põe esse nariz no lugar”.
Triste país dos Rafinhas, Ratinhos, Faustões, Gugus, Hebes, Xuxas e outros animadores de auditório. Famosos, ricos, alienados e muitas vezes inconsequentes.
Maluf, quando ainda detinha algum poder, brindou os brasileiros com reflexão brilhante, ao comentar a atitude dos estupradores: “Estupra, mas não mata…”.
O ex-governador paulista parece que fez escola.
Fonte: Roberto Almeida