O cardiologista Alon Steinberg, membro do Conselho de Cardiologia da Califórnia, declarou nesta quarta-feira (12) que considera Conrad Murray o responsável pela morte de Michael Jackson: “Acredito que ele não deveria ter usado propofol nunca, que ele deveria ter equipamentos de emergência  no local e que deveria ter ligado para a emergência imediatamente. Com isso tudo somado, ele é o responsável”.

Em seu testemunho durante o 11º dia de julgamento, Alon disse considerar “negligência grosseira” a atitude de Murray no dia da morte de Jackson. Alon também declarou que nunca tinha ouvido falar no uso de propofol como sedativo para dormir e que Murray não tinha os equipamentos básicos para caso de uma emergência: “Seu maior erro foi não ter ligado para a emergência imediatamente.”

Ainda segundo Alon, o médico deveria estar monitorando Jackson o tempo todo: “Ele não tinha a menor ideia do que estava fazendo. Depois de ligar para a emergência, ele deveria ter administrado uma dose de flumazenil-um antítodo para o propofol- e usado uma máscara de ar no cantor”, explica.

Além disso, para Alon, Jackson não precisava de massagem cardíaca porque o coração do cantor ainda estava batendo: “Em seu relatório, Murray diz que Jackson ainda tinha pulso. Se Murray tivesse um equipamento de oxigênio, poderia ter salvo o Sr. Jackson. Ele nunca deveria ter começado massagens cardíacas, ele deveria ter ligado para a emergência”. (Correio)