A leitura que faço de todo esse inbróglio envolvendo o vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e o governo dos democratas, é que o DEM do senador José Agripino Maia, da governadora Rosalba Ciarlini e do não menos demo, Carlos Augusto Rosado, o Ravengar do governo, é que eles escaparam de ser dizimados na política papa-jerimum.

Explico: Se Rosalba Ciarlini não tivesse ganho as eleições, e se hoje o governador fosse Iberê Ferreira de Souza (PSB), certamente Robinson Faria teria conseguido o seu intento. Ou seja, hoje o PSD teria a maior bancada na Assembleia Legislativa e um número infinito de prefeitos. O erro de Robinson Faria foi tentar fazer isso num governo do DEM. Ora, o governo de Rosalba, sob o comando de seu marido, Carlos Augusto Rosado, e do senador José Agripino Maia, não perdoraram Faria. Resultado: Esvaziaram a pasta a que o vice-governador comandava, a de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos, não o renomearam após a volta de Rosalba dos EUA, e o obrigaram a romper com o sistema.

Digo isso porque com Iberê no governo certamente Robinson Faria fortaleceria o PSD, até porque teria o aval da presidente Dilma Ruosseff, cujo o PSB de Iberê faz parte da base aliada e agora o PSD. Mas Robinson Faria foi ingênuo ao pensar que Carlos Augusto Rosado e José Agripino Maia não reagiriam a sua intenção de fortalecer a sigla que agora ele comanda. Rosalba, talvez tenha sido orientada  – pelo marido, claro – a não entrar no clima de histeria a ponto de demitir Robinson Faria. O governo preferiu fritá-lo provocando a que o vice-governador anunciasse o seu rompimento.

Em síntese: O grande problema de Robinson Faria em fundar o PSD no Rio Grande do Norte foi em estar no governo errado e ser ingênuo a ponto de achar que não haveria reação. O resto é conversa pra boi dormir!

Fonte: Blog do Barbosa