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A nova ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou nesta terça-feira (7) que o aborto no Brasil é uma “questão de saúde pública”. A professora foi escolhida para substituir Iriny Lopes no cargo, que sai do governo para disputar a Prefeitura de Vitória (ES). A posse será na próxima sexta (10).

Professora titular de saúde pública na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Eleonora afirmou que a discussão do aborto não deve ter cunho ideológico.

“Como sanitarista, o aborto é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. É de saúde pública como o crack, as drogas, a dengue, HIV e todas as doenças infectocontagiosas”, afirmou.

A nova ministra conversou com a imprensa na manhã desta terça na sede da secretaria e preferiu não expor sua opinião pessoal a respeito do aborto. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, Eleonora Menicucci defende publicamente o aborto e já declarou ter se submetido à prática em duas ocasiões. Em entrevista ao jornal publicada nesta terça, ela afirmou: “Minha luta pelos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres e minha luta para que nenhuma mulher neste país morra por morte materna só me fortalece”.

Na coletiva de imprensa desta manhã, disse que o feminismo dos anos 70 a 90 precisava de “marcar posições”.

“Eu já dei entrevistas, sobretudo nos anos 70, 80 e 90, quando o feminismo necessitava de marcar posições e muitas mulheres ousaram dizer até da sua vida privada. Não me arrependo, mas, a partir de sexta-feira [data de sua posse], eu sou governo e a matéria da legalização ou descriminalização do aborto é uma matéria que não diz respeito ao Executivo, diz respeito ao Legislativo”, declarou.