Em entrevista coletiva realizada no final da manhã desta sexta-feira (10), o comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, afirmou que a greve da policiais e bombeiros militares terminou. De acordo com ele, o policiamento na ruas até às 9h era de cerca de 85% do efetivo. Para o Comando Geral, o retorno das atividades deverá ser normalizado gradativamente nos próximos dias.

“Na minha ótica, o fim da greve está decretado. Existe uma pequena minoria que resiste à convocação do Comando Geral”, disse. Na ocasião, o coronel falou sobre as denúncias da falta de policiamentos nos bairros periféricos da cidade e no Subúrbio Ferroviário. De acordo com ele,  as tropas da Choque e unidades da Caatinga deverão reforçar a segurança nestas localidades.

Apesar do comunicado, o movimento grevista só deverá definir os rumos na assembleia da categoria marcada para acontecer às 16h, no ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, no Largo dos Aflitos. Até que o plenário delibere, os membros das Associação dos Cabos e Soldados (APPM), da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (APRA) e da Associação de Sargentos e Sub-tenentes de Polícia Militar permanecem em greve.

Na noite de quinta-feira (09), a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia, em reunião no Hotel Fiesta, decidiu não aderir à greve, mesmo entendendo que a proposta do governo não atende às necessidades da categoria. Para a AOPM/BA, estender a greve faria a população sofrer ainda mais.

O principal impasse entre policiais militares e o governo é o pagamento imediato da GAP IV (Gratificação de Atividade de Policial) e o pagamento da GAP V para março de 2013.  O governador Jaques Wagner afirmou que o pagamento das gratificações só poderiam ser feitos a partir de novembro e de forma escalonada. A proposta do governo é o aumento de 6,5% da remuneração retroativo ao mês de janeiro deste ano.(Correio)