Depois de passado o período festivo do carnaval, o cenário político começa a se desenhar para as eleições deste ano em Natal. Para os partidos que fazem parte da oposição à prefeita Micarla de Sousa (PV) e à governadora Rosalba Ciarlini (DEM), simultaneamente, o mês de março será decisivo. É quando a ex-governadora Vilma de Faria (PSB) anunciará se será ou não candidata à prefeitura de Natal. A definição dará a tônica dos partidos oposicionistas para o pleito.

Além de Vilma, a oposição conta com outros dois pré-candidatos: o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) e o deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Ambos dizem que suas candidaturas são irreversíveis. Caso Vilma decida não disputar a prefeitura, deverá declarar apoio a Carlos, fato que o tornaria o candidato oposicionista, agregando também os apoio dos demais partidos de oposição, como PCdoB, PPS, PSD e PHS.

A oposição corre risco de sair dividida é haver uma rompimento do sistema no decorrer do processo eleitoral. Como Carlos Eduardo e Vilma se mostram nas pesquisas os dois pré-candidatos com maior capilaridade eleitoral, existe uma alta probabilidade de se enfrentarem no segundo turno das eleições. Esse enfrentamento obrigaria a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) a apoiar um dos nomes, o que enfraqueceria o grupo que hoje se opõe à democrata.

Já na base da governadora Rosalba Ciarlini existe uma força-tarefa para unir os partidos que dão sustentação ao governo do DEM no pleito de Natal. O grupo possui duas pré-candidaturas postas: a dos deputados federal Rogério Marinho (PSDB) e estadual Hermano Morais (PMDB).

Enquanto isso … O nome preferido do DEM é o do tucano. O partido inclusive já firmou nacionalmente aliança com o PSDB para o pleito de 2012 que envolve Natal entre os municípios participantes desse acordo. No entanto, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, não anunciou o nome que representará essa aliança. Ainda há uma perspectiva de fazer Hermano desistir da candidatura para apoiar Rogério.Há quem aposte na carta coringa, que seria a desistência das duas candidaturas em apoio ao nome do deputado federal Felipe Maia (DEM). Apesar de ter seu nome incluído nas pesquisas de opinião e contar com o incentivo dos colegas de partido, o parlamentar tem dito que esse não é seu projeto político para o próximo ano.