A governadora Rosalba Ciarlini esperava resolver as pendências do Secretariado este final de semana, mas um somatório de impasses impediu que a reestruturação no primeiro escalão tivesse um desfecho. Com o recuo de Luiz Roberto Fonseca, coordenador do Samu, para a Secretaria de Saúde Pública (Sesap), surge agora um nome de peso – a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ana Tânia Sampaio, para a pasta. A professora, que é considerada uma das maiores especialistas no assunto Sistema Único de Saúde (SUS) do País, já foi adjunta do ex-secretário Domício Arruda e, por discordar do método utilizado atualmente na Sesap, não deve aceitar o convite. Ela está sendo sondada com uma certa insistência, mas informações de bastidores dão conta de que não há interesse em trocar a UFRN pelo Governo.

Um outro problema que o primeiro escalão dá a Rosalba Ciarlini, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), também continua incólume. O procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, não se reuniu com o Conselho Superior do Ministério Público ontem e permanece indefinida a situação do promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Péres, convidado para assumir a Sejuc. Trocando em miúdos, voltou-se a estaca zero e o único nome confirmado é o do marido da democrata, Carlos Augusto Rosado, que deve ser nomeado para a chefia do Gabinete Civil.

A governadora não tem procurado novos nomes porque prefere aguardar o retorno do procurador geral de Justiça (PGJ), Manoel Onofre Neto, para insistir na liberação do promotor. Mas o chefe da PGJ estava irredutível inicialmente quanto à liberação de Péres, embora tenha em seu desfavor o fato de o promotor externar a vontade de enfrentar o desafio na Sejuc. A decisão está nas mãos de Onofre e do Conselho Superior do Ministério Público. De qualquer maneira, conversas internas entre os promotores dão conta de um desconforto com a possibilidade de um dos membros da instituição assumir um cargo no Executivo face o desgaste da gestão democrata.