O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, no escritório político em seu primeiro dia de sua campanha

As alianças municipais que sacrificaram candidaturas próprias e o baixo desempenho de tucanos nos principais colégios eleitorais do país jogaram um peso extra sobre a eleição de José Serra à prefeitura de São Paulo para o PSDB. Das cinco maiores capitais, o ex-governador é o único nome do partido com chances de vitória. Não à toa, um revés nas urnas paulistanas em outubro representaria um grave dano para a maior legenda de oposição ao governo federal.

Após aceitar disputar pela terceira vez a prefeitura da capital paulista, Serra virou a principal aposta da sigla nas eleições municipais. “Se ganharmos em São Paulo, seremos reconhecidos como grandes vitoriosos. Se não ganharmos, é provável que digam que somos os grandes derrotados desta eleição”, afirma o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

O cenário nas capitais contrasta com os triunfos regionais dos tucanos em 2010. O partido foi o maior vitorioso das eleições estaduais naquele ano, conquistando oito estados. Mas essa hegemonia não se reverteu em cacife político para melhorar o desempenho tucano nos centros urbanos. Dos estados administrados pela sigla, São Paulo e Maceió são as únicas capitais com candidaturas próprias.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na última sexta-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) afirmou que há “um pouco de cansaço do eleitorado com a predominância do PSDB por longo tempo no poder”. (Veja)