Os afagos que a presidente Dilma Rousseff vem fazendo no governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como o almoço na Base Naval de Aratu, em Salvador, no último sábado, serviram para selar a permanência do PSB na base parlamentar do governo no Congresso durante este ano. Mas não conseguiram ainda tirar do também presidente nacional do PSB o compromisso de que ele não disputará a Presidência da República no ano que vem.

Uma coisa é o acordo para evitar conflagrações num ano em que a presidente busca sossego para fazer um terceiro ano de governo voltado para a consolidação das obras de infraestrutura e costura de uma base aliada sólida que possa garantir sua reeleição; outra é a disputa presidencial, confidenciou ao Estado um interlocutor de Eduardo Campos. No almoço de sábado ficou decidido que o PSB evitará qualquer tipo de ataques ao governo.

O governador de Pernambuco é visto no meio político como um potencial candidato à Presidência, ou em 2014 ou em 2018, o que preocupa o PT. Correligionários de Campos não escondem que o PSB, partido que mais cresceu proporcionalmente nas eleições municipais do ano passado, tem a pretensão de conquistar a vaga de vice-presidente numa reeleição de Dilma em 2014 como um trampolim político para credenciar Eduardo Campos para um voo solo.(Estadão)