A colunista Mônica Bergamo apimenta também o noticiário político em torno do governador Eduardo Campos e sua candidatura presidencial, com a seguinte nota na sua coluna hoje da Folha de S.Paulo:

”Parte da equipe da presidente Dilma Rousseff interpreta os movimentos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), como uma investida para que ela não concorra à reeleição em 2014.

Ministro paulista do PT disse à coluna que Eduardo Campos, ao se lançar candidato à Presidência, estica a corda para que Lula se transforme no único político capaz de unir a base aliada. Por ele, e só por ele, o pernambucano retiraria a candidatura. Com uma condição: ser vice, transformando-se no herdeiro ‘natural’ do lulismo.

O PMDB, sem a vice, teria candidato ao governo de SP com apoio do PT — balão de ensaio já lançado por Lula. Nesse contexto, os dilmistas não estranham que Campos faça críticas a Dilma quando se encontra com empresários — poupando sempre o ex-presidente Lula.”

# # Eleição na rua…

“O PSB não tem que fazer a discussão sobre 2014 durante 2013. O que precisamos agora é ajudar a presidente Dilma no Congresso e em seu esforço de retomar o crescimento econômico; não ficar se perdendo em conjecturas.” A frase casa com a avaliação de uma ala majoritária do partido, segundo a qual seria um erro colocar o bloco na rua neste momento. “2014 deve ser tratado em 2014”, afirmou ontem o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg. Eis algumas das razões: não interessa transformar Campos em foco prematuro de rivais; não vale a pena romper agora com o Executivo; é preciso medir como evoluem a economia e a popularidade da presidente Dilma. A entrada do governador na bolsa de apostas transformou-o em uma das principais atrações da sucessão. Foi por isso que Lula resgatou a ideia de ter o aliado como vice de Dilma. É um projeto polêmico, com resistência sobretudo no PMDB, dono da vaga. “Tenho visto muita notícia na imprensa, mas não me preocupo; amanhã vou saber o que Lula pensa na imprensa”, ironizou o governador.