A Coreia do Norte já disse que poderia atacar alvos americanos no Havaí, na ilha de Guam, no Pacífico, e até na área continental dos Estados Unidos. Na última semana, fontes do governo sul-coreano indicaram que Pyongyang havia deslocado um míssil para o litoral. Estimar até que ponto as ameaças podem se traduzir em perigo real tem sido a tarefa de especialistas em Coreia nas últimas semanas, diante da persistente tentativa da ditadura asiática de intimidar os Estados Unidos e seus aliados na região.

A opinião dominante é que a Coreia do Norte não teria nem capacidade nem interesse em atacar os EUA. “O risco de um conflito existe, não podemos descartar essa possibilidade, mas é algo que não interessa a nenhuma das partes”, disse ao site de VEJA Alexandre Ratsuo Uehara, doutor em ciências políticas e diretor acadêmico das Faculdades Integradas Rio Branco.

“O conflito hoje levaria uma reação da Coreia do Sul com apoio dos EUA que não daria qualquer possibilidade de vitória à Coreia do Norte neste conflito. Os norte-coreanos têm consciência de que esse conflito levaria a uma derrota e essa liderança não conseguiria se manter no poder”, acrescentou.