Por Carlos Chagas

Conhecida a convocação do Felipão, a conclusão é de que política e futebol tem tudo a ver.Mais especificamente, a copa do mundo com a sucessão presidencial, que se não houver mudanças na Constituição, irão sempre coincidir de quatro em quatro anos.

A pergunta que não quer calar é se haverá reflexo na escolha do presidente da República caso o selecionado brasileiro se desclassifique, não chegando ao título de hexacampeão. No reverso da medalha, se nossos craques levantarem a taça, podem ser previstas consequências no comportamento do eleitorado?

Há quem preveja perda de votos para Dilma Rousseff caso nosso time fique pelo meio do caminho ou fracasse na última partida. Em nada a desclassificação beneficiará Aécio Neves, Eduardo Campos ou qualquer outro. Mas eles ficarão felizes ao ver que a favorita perdeu alguns milhares de votos, situação capaz de levar a eleição para o segundo turno.

Agora, se formos campeões, inegavelmente Dilma tirará proveito. O clima de euforia que tomará conta do país contaminará seu governo e sua candidatura ao novo mandato.Uma variável desconhecida ainda pesa na equação: e se a presidente continuar caindo nas pesquisas e for substituída pelo Lula?