Via Josias de Souza

O PSDB comparou Dilma Rousseff aos generais da ditadura. Fez isso por meio de nota oficial divulgada no final da noite desta terça-feira. No texto, o partido comentou o pronunciamento que a presidente levara ao ar, em rede nacional de rádio e tevê, sobre a Copa do Mundo. “A tentativa de associar a seleção brasileira a um governo lembrou a ofensiva de propaganda do regime militar”, anotou o tucanato.

Para o partido de Aécio, “o pronunciamento da presidente foi um esforço para transformar em motivo de orgulho nacional obras inacabadas, gastos superfaturados e a absoluta falta de capacidade de gestão desse governo.” Algo que, nas palavras do PSDB, deixa claro que Dilma “não entendeu a mensagem das ruas”.

O partido ironizou: “Ao negar-se a discursar na abertura da Copa e escolher a proteção e o silêncio da tela de TV, a presidente buscou uma forma de se esquivar do contato direto com os brasileiros, com o intuito de evitar a repetição das manifestações que ocorreram na Copa das Confederações.”

De quebra, o PSDB acusou Dilma de se valer “de um instrumento de Estado, pago pelo contribuinte, para fazer acintosa e ilegal campanha eleitoral.” A tática já se tornou usual, criticou o tucanato. “Mas dessa vez [Dilma] surpreendeu ao utilizar o pretexto da Copa do Mundo para criticar milhões de brasileiros que vêm legitimamente manifestando sua discordância com a forma como o governo encaminhou os preparativos do evento.”

Olho no retrovisor

O presidenciável tucano Aécio Neves, ao falar da pesquisa Ibope, divulgada ontem à tarde, disse que há um ‘sentimento crescente’ no país de ‘enfado, de cansaço em relação a tudo que está acontecendo no Brasil’. Para o tucano ”não há marqueteiro que leve o PT à vitória. Podemos nos preparar para um novo e grande governo a partir de 2015 e vamos trabalhar para isso”. Ele também rebateu declaração da presidente Dilma, que afirmou que seus adversários ‘querem surrupiar’ seu programa de governo: ‘É muito triste vermos uma presidente da República, no momento em que recebe apoio à sua candidatura, não conseguir olhar para o futuro. Ela só olha no retrovisor da história’, criticou.