Política e futebol não se misturam

Com a abertura oficial, hoje, da Copa do Mundo, as eleições ficam em segundo plano ao longo nos próximos 30 dias. Pelo menos na cabeça do eleitor, porque os políticos em geral devem aproveitar o evento para uma campanha discreta, principalmente se a seleção brasileira estrear com uma vitória sobre a Croácia.Dilma usou uma rede nacional de tevê e rádio, anteontem, para falar de Copa e a oposição entendeu que a petista quis tirar uma casquinha política. O brasileiro mistura política com futebol? Até que ponto o hexa para a seleção canarinha, em território nacional, influencia na reeleição de Dilma?

Na Copa do Mundo de 1998, na França, o Brasil perdeu, mas o candidato governista, Fernando Henrique Cardoso, que disputava a reeleição, ganhou. Na Copa do Mundo de 2002, na Coréia do Sul e Japão, o Brasil foi campeão, mas a vitória presidencial foi da oposição, no caso a eleição de Lula.Já na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, ocorreu à derrota brasileira com vitória do candidato governista, a reeleição de Lula. Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, o Brasil perdeu, mas o candidato governista, no caso Dilma, apoiada por Lula, ganhou.

Resultado: nas quatro últimas eleições a oposição somente ganhou na única vez em que o Brasil foi campeão! Isso prova que o povo brasileiro há muito tempo não mais vota com influência significativa do desempenho da seleção de futebol.Mas, para quem gosta de formular teorias, quem sabe a de que quando a seleção ganha o povo se sente mais forte e alegre e resolve experimentar novos caminhos? Esses analistas, que não verificam dados, pensam

Fonte: Magno Martins